Até tenho uma lista de tais jogos, que inclui Magical Hat Adventures, Techno Cop, Alien Soldier, Dune, só pra citar os de Mega Drive. A lista prossegue; porém, existe um jogo do console de 16 bits da SEGA que me chamou a atenção e que merece uma abordagem imediata: Master of Monsters.

Lançado pela System Soft Alpha em 1989 para MSX e NEC PC, e para o Mega Drive em 1991, Master of Monsters é um jogo de estratégia baseada em turnos que mistura elementos de fantasia medieval e mitologia greco-romana. A premissa é até simples: Gaya, rei (?) do Dark World, convocou cinco de seus mais leais lacaios. Suas intruções eram diretas: o reino precisava de um novo rei, e esses cinco escolhidos deveriam colocar suas habilidades à prova no intuito de herdar o trono. O vencedor da disputa, logicamente, seria o rei. Emocionante, sim?

As regras da disputa eram bem práticas: os lacaios deveriam usar seus poderes para invocar seres e monstros que lutariam entre si. O invocador que derrotasse todas as criaturas dos adversários, venceria o jogo e seria coroado.
Como já ficou claro, o jogador faz o papel de um entre os cinco concorrentes, cada qual com suas criaturas específicas:

Os participantes também podem fazer uso de magia para sabotar o turno dos adversários, curar suas criaturas ou posicioná-las estrategicamente no mapa. Por falar em mapa, Master of Monsters utiliza um sistema de hexágonos, no qual o monstro pode ser deslocado para quaisquer uma das seis direções adjacentes (sistema muito usado em alguns RPGs de mesa, como o GURPS). Para balancear a disputa e tornar as coisas mais interessantes, o jogo ainda oferece um sistema de evolução das criaturas: a cada turno de batalha, os monstros acumulam experiência. Assim que seus pontos atingem certo valor, uma transformação acontece e o ser em questão evolui para uma forma mais robusta (e poderosa, óbvio!).
A trilha sonora é um dos pontos fortes do jogo: as músicas são tão bem compostas e elaboradas, dentro dos limites do chip do Mega Drive, que criam uma ambientação perfeita para a partida. Eis um exemplo:
Anos após o lançamento da versão para Mega Drive, a System Soft Alpha ainda produziu uma versão para Sega Saturn (com uma trilha sonora das mais belas que já ouvi), uma para Playstation, chamada de Master of Monsters – Disciples of Gaia, e mais duas versões para o Windows japonês, com uma abordagem estratégia mais aprofundada. Porém, a seqüência para PS1 ainda é mais obscura que a anterior, e, embora que Master of Monsters 3 e 4 sejam bem populares nos PCs japoneses, não houve nenhum esforço para traduzir os jogos e lançá-los no ocidente. Isso talvez tenha corroborado para que o jogo ganhasse um certo ar “cult”, ao ponto de um fã elaborar sua própria versão em Open Source: Battle of Wesnoth, um competente título declaradamente inspirado na criação da System Soft Alpha.
Finalmente, Master of Monsters pode não ter adquirido a popularidade digna de um Sonic ou Mario, entretanto, sua jogabilidade diferenciada e proposta inovadora (pelo menos, para a época) garantem a diversão (e algumas horas gastas) para os adeptos da modalidade “estratégia-de-turnos”.
9 fevereiro, 2012 at 21:47
Valeu, eu tava procurando como invocar, aí quando fui tentar, eu ia aper magic cliquei em summon acidentalmente, DEU CERTO