Acho que nenhuma empresa, corporação ou indústria dá a mínima para o consumidor. Darei um exemplo, querido(a) leitor(a), que ocorreu com este.
Certo dia, lá pelas 17 horas, recebi um telefonema aqui, de uma tal de Vilma, da central de atendimento ao assinante da editora Globo.
Tentando me convencer a reaver a assinatura da revista Época.
Eu já havia assinado publicações por 3 vezes no passado: a Folha de São Paulo, a revista Nova Escola e a Galileu.
Cancelei todas por não receber regularmente as publicações.
Chegava numa semana, sumia na outra…
Então, anos atrás, cometi a bobagem de tentar de novo, aceitando uma assinatura proposta por uma guria promotora nas Lojas Americanas, da revista VEJA.
Foi o que foi: assinei, vieram parcelas na fatura do cartão, e as revistas ora vinham, ora não vinham.
Cancelei. E voltei a comprar na banca, que é mais caro, mas pelo menos o produto está na minha mão.
Na semana passada, essa guria, ao telefone, tenta me convencer a assinar de novo a tal Época, informando-me que a distribuição fora reformada, outra empresa assumira, a qual era garantida, confiável, e blá blá blá.
Ouvi tudo por quase 10 minutos, pacientemente.
Eu só disse que não queria mais, que minha confiança foi traída por 4 vezes, que não queria me decepcionar uma quinta vez.
Mas ela insistia, insistia… dizendo “Poxa, sr. Rodrigo, acho que merecemos mais uma chance, mais um voto de confiança, eu lhe garanto, o serviço está mudado, com cara nova, muitas pessoas estão elogiando, satisfeitas, etc.”
Aí mudei de tática.
Perguntei a ela:
– Teu nome é Vilma, né??
– Sim, senhor.
– Escuta, Vilma, qual é tua idade??
– 22 anos.
– Hm. Eu tenho 27. Sei que não é da minha conta, mas… Tu és casada, solteira…??
– Ah, tudo bem… estou solteira, mas namoro.
– Certo. Diga-me… se um cara te traísse e te pedisse perdão e uma NOVA CHANCE, vc concordaria?
– Ah… mas nesse caso é diferente… é outra coisa…
– É nada, Vilma. É a mesma coisa. Trata-se de confiança… algo fundamental, até sagrado.
– Bem… acho que eu até daria uma chance, dependendo dele, da situação…
– Certo! Mas, e se ele sacaneasse de novo? Daria outra chance?
– Nesse caso não….
– BINGO! É a questão. Se nos matam a confiança uma vez, não se pode conquistá-la de novo.
Foi mais ou menos isso, mas a conversa continuou por mais alguns minutos e ela acabou por concordar comigo, meio desanimada por não ter me convencido. Da próxima vez, colocarei o telefone perto do vaso sanitário e ativarei a descarga várias vezes, até liberarem minha linha.
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