“No início dos anos 80, o doutor em arqueologia, Walter Smith, descobriu antigas ruínas durante uma expedição na região norte da floresta amazônica. Era um templo de arquitetura sombria, e calculava-se que havia sido construído há mais de dois mil anos. Dr. Smith estudara as ruínas por anos a fio, e em algumas ocasiões, estava acompanhado de um japonês chamado Ken Hayabusa, um membro de um clã ninja decadente. Não sabemos como e quando ambos se conheceram, mas presume-se que após terem visitado o templo juntos, eles mantiveram um contato freqüente.
Anos após os primeiros estudos da estrutura, Dr. Smith repentinamente fechou as ruínas e interditou o acesso ao sítio arqueológico. Desde então, ninguém mais se aproximou de lá. Soubemos que Dr. Smith encontrou uma tabuleta de pedra e uma pequena estátua no templo, levando-os consigo por motivos que, na época, não pudemos definir. Mais tarde soubemos que a estátua fora entregue ao sr. Hayabusa, como uma estratégia de manter o objeto a salvo. Ken Hayabusa voltou ao Japão logo após à interdição das ruínas, e não mais soubemos sobre seu paradeiro.
Recentemente, um homem invadiu as ruínas e tomou posse do sítio arqueológico. Seu nome é “Guardia de mieux”. Mas ele se autodenomina “Jaquio”. ”
Quem foi feliz proprietário de um dos videogames clones de NES no Brasil nos anos 80/90, como Phantom System, Bit System, Top Game, Super Charger etc., teve a oportunidade de conhecer e/ou jogar a trilogia Ninja Gaiden. O discurso introdutório acima é feito por Foster, um personagem que aparece em meio ao jogo para instruir o protagonista ninja Ryu Hayabusa, último membro de seu clã, que se descobre envolvido numa trama diabólica a partir de uma carta escrita por seu pai. Ao longo de suas investigações e buscas, Ryu toma conhecimento de um terrível inimigo… um tipo de bruxo, longe do conceito de ser humano, autodenominado Jaquio.
O desenrolar da história com as animações cinematográficas entre as fases revelam, pouco a pouco, a intenção do estratagema de Jaquio, que é utilizar duas pequenas estátuas bizarras e muito antigas para abrir um portal em um templo na Amazônia, criando uma livre passagem entre um mundo repleto de demônios e o nosso mundo, iniciando uma era de trevas. Logicamente, o protagonista, controlado pelo jogador, após muitos confrontos difíceis, consegue frustrar a ação e impedir que o caos reine sobre a face da Terra.
No entanto, a peleja com o bruxo das trevas Jaquio mostra-se mais que desafiadora: detentor de muitos poderes, o vilão é capaz de voar, usar mágicas relacionados ao fogo, é claramente resistente a ataques físicos (só pôde ser ferido pela espada do dragão, pertencente a Ryu) e, pelo que foi mostrado no jogo, pode assumir diversas formas monstruosas. O hexagrama em seu torso e alguns olhos espalhados por seu corpo denotam outras capacidades arcanas, embora que não seja possível pontuar a extensão detalhada de seus poderes. Apesar disso, quem gosta de Role Playing Games e dispõe de algum tempinho, pode muito bem presumir ou imaginar os pormenores dos talentos místicos deste personagem, em uma ficha técnica de quaisquer sistemas de jogo.
O meliante demoníaco ainda faz uma aparição no segundo capítulo da série de jogos de NES, o famoso cartucho Ninja Gaiden II. Na sequência, Jaquio é ressuscitado por Ashtar, outro vilão, como parte de outro plano diabólico…mas isso fica para outro artigo!
Fontes:
http://ninjagaiden.wikia.com/wiki/Jaquio
http://villains.wikia.com/wiki/Jaquio
Youtube – enfrentando Jaquio:
2 março, 2013 at 17:23
Muito bom! Excelente ideia de trazer esses caras a tona! Deu vontade até de fazer a ficha dele. 🙂
2 março, 2013 at 17:36
Só não fiz porque não deu mesmo… mas eu tentaria com o GURPS, porque imagino que o vilão use uma combinação de super poderes, magia e talvez até psiquismo…
3 março, 2013 at 20:20
Boa!
Devemos trazer essas figuras de volta a ativa, pois existe muita criatividade e excelentes ideias que podemos reutilizar.
3 março, 2013 at 21:19
Exatamente, tem muito personagem promissor em mídias esquecidas, como jogos de consoles antigos, livros e HQs fora de catálogo e até de desenhos animados dos quais ninguém mais lembra. Todos com potencial de uso em RPG.