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Devagar, divagar – Ivan Ângelo
Calma. Viver é devagar. Uma pessoa leva nove meses para nascer, um ano para andar e ganhar dentes, dois anos para falar, seis para ler, dezoito anos de escola para se formar, trinta anos para ficar maduro, noventa anos para morrer. Para que a pressa? Não se estresse. “Apressa-te devagar”, aconselhava o historiador romano Suetônio ao imperador Adriano.
Por que têm pressa os que têm pressa?
A pressa é um perigo. Acontecem 700 acidentes por dia nas rodovias brasileiras, 42 000 pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito, 24 000 só nas estradas. Por que a pressa? As cidades estão lá à espera no término da viagem, as praias estão lá, os hotéis, os parentes, os amigos, nada vai sair do lugar, mas todos têm pressa. Parecem fugir dos quilômetros. “Não há nada que se possa fazer com pressa e prudência ao mesmo tempo”, ensinava o latino Publilio Siro, 2.000 anos antes da invenção do automóvel.
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A partir da reflexão sobre o seguinte Tweet, escrito pelo Marcelo Naranjo, resolvi publicar esta impressão despretensiosa em forma de guia maroto.
Parafraseando o Marcelo: “imagina um roteiro aleatório!”.
Ele se referia à série Warrior Nun, novidade da Netflix, indagando sobre como os roteiristas e criadores em geral de ficção “criavam” suas invencionices para nós, consumidores ávidos por… bem, digamos que não por originalidades, mesmo porque isso é algo questionável, mas por ideias bem-boladas. Ainda que sejam de gosto duvidoso. Continue lendo
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Depois de ler o seguinte artigo https://novaescola.org.br/conteudo/18295/a-finlandia-e-a-base-nacional-nao-servem-para-nada-diz-jose-pacheco e refletir um pouco, decidi escrever isto por ocasião de um trabalho pedagógico que me foi solicitado:
Pode-se iniciar um artigo sobre os questionamentos propostos por José Pacheco, no artigo acima, lançando mão de outros questionamentos:
– Por que existe evasão escolar no Brasil, em tal magnitude?
– Por que os índices oficiais no Brasil demonstram notas tão baixas em leitura e matemática?
– Por que acontecem tantos casos de indisciplina nas escolas públicas?
– Por que há tantos professores afastados da escola pública por depressão?
– Por que no Brasil a profissão de professor só atrai 2% dos jovens? Continue lendo
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Não se pode ignorar a revolução. Mais tirinhas, aqui: http://www.amorimcartoons.com.br
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Gostou, também? Mais trabalhos da autora da tirinha acima podem ser visualizados aqui: http://samantafloor.blogspot.com.br/ e aqui: http://migre.me/etuio
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“Paul Valéry, com seu horror à vulgaridade literária, dizia-se incapaz de escrever um romance por não possuir a coragem de redigir uma frase como esta: A marquesa saiu às cinco horas.
Pois se dá que neste momento, em crise de frivolidade, fico pensando nas inúmeras maneiras de descrever um episódio tão banal. Tais como:
*********
* A marquesa talvez tenha saído às oito horas, talvez um pouco antes, talvez um pouco depois, talvez nem tenha saído. Eu pelo menos nem a vi (Tipo mineiro, à la José Maria de Alkmin)
* Ninguém poderia jurar que a marquesa saiu às cinco horas (Tipo agnóstico)
* Se a marquesa saiu às cinco horas, às cinco horas, logicamente, a marquesa não devia estar em casa. (T. policial carioca)
* Teria realmente a marquesa saído às cinco horas? (Cético) Continue lendo
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Acho que nenhuma empresa, corporação ou indústria dá a mínima para o consumidor. Darei um exemplo, querido(a) leitor(a), que ocorreu com este.
Certo dia, lá pelas 17 horas, recebi um telefonema aqui, de uma tal de Vilma, da central de atendimento ao assinante da editora Globo.
Tentando me convencer a reaver a assinatura da revista Época.
Eu já havia assinado publicações por 3 vezes no passado: a Folha de São Paulo, a revista Nova Escola e a Galileu.
Cancelei todas por não receber regularmente as publicações.
Chegava numa semana, sumia na outra…
Então, anos atrás, cometi a bobagem de tentar de novo, aceitando uma assinatura proposta por uma guria promotora nas Lojas Americanas, da revista VEJA.
Foi o que foi: assinei, vieram parcelas na fatura do cartão, e as revistas ora vinham, ora não vinham.
Cancelei. E voltei a comprar na banca, que é mais caro, mas pelo menos o produto está na minha mão.
Na semana passada, essa guria, ao telefone, tenta me convencer a assinar de novo a tal Época, informando-me que a distribuição fora reformada, outra empresa assumira, a qual era garantida, confiável, e blá blá blá.
Ouvi tudo por quase 10 minutos, pacientemente.
Eu só disse que não queria mais, que minha confiança foi traída por 4 vezes, que não queria me decepcionar uma quinta vez.
Mas ela insistia, insistia… dizendo “Poxa, sr. Rodrigo, acho que merecemos mais uma chance, mais um voto de confiança, eu lhe garanto, o serviço está mudado, com cara nova, muitas pessoas estão elogiando, satisfeitas, etc.”
Aí mudei de tática.
Perguntei a ela:
– Teu nome é Vilma, né??
– Sim, senhor.
– Escuta, Vilma, qual é tua idade??
– 22 anos.
– Hm. Eu tenho 27. Sei que não é da minha conta, mas… Tu és casada, solteira…??
– Ah, tudo bem… estou solteira, mas namoro.
– Certo. Diga-me… se um cara te traísse e te pedisse perdão e uma NOVA CHANCE, vc concordaria?
– Ah… mas nesse caso é diferente… é outra coisa…
– É nada, Vilma. É a mesma coisa. Trata-se de confiança… algo fundamental, até sagrado.
– Bem… acho que eu até daria uma chance, dependendo dele, da situação…
– Certo! Mas, e se ele sacaneasse de novo? Daria outra chance?
– Nesse caso não….
– BINGO! É a questão. Se nos matam a confiança uma vez, não se pode conquistá-la de novo.
Foi mais ou menos isso, mas a conversa continuou por mais alguns minutos e ela acabou por concordar comigo, meio desanimada por não ter me convencido. Da próxima vez, colocarei o telefone perto do vaso sanitário e ativarei a descarga várias vezes, até liberarem minha linha.
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