(Nota: este é o conto que inspirou o episódio “Arena”, da série Star Trek, ou Jornada nas Estrelas. O episódio é o 18º da primeira temporada, exibido em 1967 na TV americana).
Carson abriu os olhos e viu acima de si uma obscuridade azul e imprecisa.
Fazia calor e ele estava deitado na areia, sentindo a ponta de uma pedra meio oculta pela areia machucar-lhe as costas. Virou-se de lado, afastando-se da pedra, e sentou-se num impulso. “Eu estou louco”, pensou. “Louco — ou morto — ou qualquer coisa assim”. A areia era azul, de um azul brilhante. Mas não existia tal coisa, isto é, areia azul, nem na Terra nem em qualquer outro planeta.
Para iniciar as postagens de 2015 aqui no Alforje, uma vez mais devo contribuir para a diversão do público jogador de RPG brasileiro.Acabo de traduzir e adaptar (na maior cara de pau) uma aventura da Expeditious Retreat Press, Unbound Adventures. O módulo foi elaborado, originalmente, para o sistema D20 3.5, pelo autor Peter Franke. O texto só pode ser encontrado na versão PDF em diversos sites, a preço bem camarada (cerca de 6 dólares na Paizo.com), e possui uma das ideias mais geniais e proveitosas do ramo: a aventura oferece a possibilidade de se jogar com qualquer classe ou tipo de personagem, em qualquer nível de experiência, sem a necessidade de um mestre/narrador.
Aí você me questiona, nobre leitor: “é mais uma aventura-solo, então?”
Parafraseando Thor, o deus do Trovão: “Digo-te não, mortal!”Continue lendo
E aqui estou sem medo nem inibição, apresentando pela terceira vez, mais um capítulo da seção que promove a fina arte de pintar miniaturas à maneira de um fajuto diletante desprovido da veia artística. Nesta edição, tenho o prazer de mostrar-lhes algumas belas miniaturas sortidas entre poucas fontes, e de fazer um breve relato sobre umas poucas tintas especiais que importei. Espero que as críticas continuem generosas, já que (ainda!) estou em lento processo de aprendizagem por conta de minha inaptidão natural.
As primeiras a chegar da nova leva de miniaturas foram essas duas da série de plástico Dark Heaven Bones, da Reaper, respectivamente, o guerreiro Garrick e o elfo arqueiro Lindir. Ambos são esculpidos com maestria e costumam (não raro) liderar as vendas da coleção em diversas lojinhas online. Desnecessário dizer que são minhas preferidas e que não vejo a hora de botá-las sobre o mapa de combate. Continue lendo
Para aqueles que não são veteranos do RPG, mais precisamente do famigerado sistema D20, cuja elaboração surgiu na década de 1970 com as primeiras edições do antigo Dungeons and Dragons, este artigo pode ser interessante.
Como muitos podem saber, o sistema de jogo que consagrou o D&D e o AD&D é desprovido de regras pormenorizadas que definam a personalidade de um personagem: os recursos que o jogador dispõe para constituir o “perfil psicológico” de seu player character não é definido pelo seu Alinhamento (o qual apenas limita-se à ética e ao moral), e sim apenas esboçado por linhas gerais, escritas pelo próprio jogador, com base em certas características, apresentadas por alguns números. Esses números são aqueles que indicam três de seus atributos: Inteligência, Sabedoria e Carisma. Continue lendo
Cinéfilos de plantão devem reconhecer este indivíduo, cuja má-fama retrocede uns 27 anos na história do cinema.
O vilão da vez é Kurgan, o antagonista principal do filme Highlander (1986), dirigido por Russel Mulcahy e estrelado por Christopher Lambert e Sean Connery. No filme, o ator Clancy Brown deu vida ao temido algoz cuja disposição e sede por cortar cabeças atravessou séculos da história.
No filme, Kurgan surge como um dos inimigos do clã McLeod, um povo nativo do norte da Escócia, cujas batalhas por território acabam por entrar em conflito com sua tribo de bárbaros. Durante o combate, Connor McLeod percebe que seus oponentes, estranhamente, evitam atacá-lo a todo custo, logo descobrindo que esse fato tinha relação com ter sido “jurado” pelo que aparenta ser o líder dos inimigos de seu povo. Continue lendo
Como prometi da última vez, aqui está um novo capítulo de uma série de demonstrações inexpressivas e toscas da falta de Educação Artística. Desta vez, mostrarei o resultado da pintura de alguns inimigos típicos da fantasia medieval e um do Velho Oeste, comprados de fontes variadas.
“No início dos anos 80, o doutor em arqueologia, Walter Smith, descobriu antigas ruínas durante uma expedição na região norte da floresta amazônica. Era um templo de arquitetura sombria, e calculava-se que havia sido construído há mais de dois mil anos. Dr. Smith estudara as ruínas por anos a fio, e em algumas ocasiões, estava acompanhado de um japonês chamado Ken Hayabusa, um membro de um clã ninja decadente. Não sabemos como e quando ambos se conheceram, mas presume-se que após terem visitado o templo juntos, eles mantiveram um contato freqüente. Continue lendo
“Sua carreira tem sido extraordinária. É um homem de origem nobre e excelente educação, dotado, pela natureza, de uma fenomenal faculdade matemática. Aos vinte e um anos, escreveu um tratado sobre a teoria binominal, que alcançou fama na Europa. Conseguiu assim uma cadeira de matemática numa de nossas universidades menores, e tinha, com todas as probabilidades, uma brilhante carreira à sua frente. Mas o homem possui, também, tendências hereditárias da mais diabólica espécie. Um fluido criminoso corre-lhe nas veias, e seus extraordinários poderes mentais, em vez de o modificarem, tornaram-no ainda mais perigoso. Negros boatos corriam sobre ele, na cidade universitária. Por fim, foi obrigado a demitir-se, e veio para Londres, onde se fixou como instrutor do exército. Isso é tudo o que o mundo sabe, mas o que vou lhe contar agora é o que eu próprio descobri. (…) Continue lendo
Este desenho foi exibido no Xou da Xuxa em 1988, e aqui foi batizado de Visionários: Os Cavaleiros da Luz Mágica. A grande sacada do cenário da animação é propor um mundo onde a tecnologia entrou em decadência por conta de um terrível Cataclismo provocado por um alinhamento planetário, dando lugar ao misticismo, o que fez com que a Magia e os magos retornassem à atividade no planeta Prysmos. E surge um poderoso (e misterioso) Mago que lança uma competição entre Cavaleiros, concedendo-lhes poderes totêmicos relacionados a animais (e à personalidade do cavaleiro em questão).
É inegável o potencial criativo do desenho, em que Mestres de RPG com o mínimo de habilidade possam fazer uso para desenvolver ambientes para campanhas inteiras.
Após muito tempo, mais uma edição da série Memorabilia de hoje. Desta vez, aí vai o registro fotográfico de toda minha coleção de livros de RPG. Alguns, acabei dando de presente, como o Tagmar original da GSA e o Caçadores Caçados da White Wolf. Engraçado notar que, a cada vez que observo calmamente esta prateleira, bate mais que a nostalgia: sinto a vontade quase que impulsiva de comprar mais livros de RPG, nos sites de sebos pelo Google!
Grafado com G em português lusitano ou J no nosso português, alforje, conforme o dicionário Michaelis, é um "saco duplo de couro, com abertura entre os dois compartimentos, pela qual se coloca no arreio, na sela ou nos ombros." No contexto deste blog, o Alforje é uma iniciativa despretensiosa de acondicionar textos, ilustrações, vídeos e diversos artigos sobre inúmeras áreas da cultura pop.
Na variedade coloquial do velho e bom português: aqui vou enfiar uma porrada de textículos sobre literatura, RPG, cinema, quadrinhos, música, séries, games...
Esse é um pedaço do meu mundinho que abro a todos que quiserem compartilhar experiências, visões de vida, felicidades e tristezas, amores e amizades, enfim, tudo aquilo que o coração mandar falar. Aqui você vai encontrar amor e um pouco mais ♡