Pintando miniaturas II

Como prometi da última vez, aqui está um novo capítulo de uma série de demonstrações inexpressivas e toscas da falta de Educação Artística. Desta vez, mostrarei o resultado da pintura de alguns inimigos típicos da fantasia medieval e um do Velho Oeste, comprados de fontes variadas.

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Estas são miniaturas de chumbo da série Ral Partha, produzidas em 1979. Eu as adquiri pelo site Loja do Nerd, da região de Campinas, que vende diversos tipos de miniaturas, incluindo World of Warcraft, Dungeons and Dragons e Heroclix. Assim que elas chegaram aqui, tive uma descoberta um tanto desagradável, porque a parte inferior do arqueiro mais à direita estava quebrada, talvez por conta do chumbo ter envelhecido. Mas nada que um pouco de cola Bonder não resolva, como podem ver.

DSC01113Na sequência, temos um Ogro que adquiri pelo Miniature Market, da série Dark Heaven Bones, que se destaca por apresentar miniaturas de 28mm feitas de um polímero que dispensa o uso de primer: é tirar da embalagem e pintar. Outra vantagem desta série de plástico é o seu preço: miniaturas Dark Heaven Bones custam, em geral, menos da metade do preço daquelas feitas de metal. 

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Também do site Miniature Market, recebi uma figura conhecida do mundo Western: o pistoleiro Doc Holiday, habilmente esculpido para a coleção Chronoscope da Reaper, que tem a filosofia de mostrar personagens de diversos universos e cenários, separados pelos temas Sci-fi, Western, Modern, Historical e Superhero. Esta miniatura eu comprei para pintar e presentear meu pai, que sempre foi um fã dos filmes de Velho Oeste antigos, com Lee Marvin, Robert Mitchum, John Wayne etc.

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Os Orcs acima eu comprei do site Wicca Workshop, do qual já falei no primeiro artigo sobre o assunto. São feitos de estanho, em escala 28mm, e mal-encarados o bastante para iniciar muitos combates dispensando conversa fiada!

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E, concluindo a apresentação, recebi este Orc de um vendedor do Ebay que o colocou em leilão. Custou-me 3,80 dólares, o que é um valor até baixo considerando a raridade da miniatura. Ele é feito de chumbo e foi produzido pela Grenadier no final da década de 70, o que o torna outra peça de colecionador

Após fotografá-las, lavei todas as miniaturas com água e um pouco de detergente, sequei-as cuidadosamente e botei os pincéis para trabalhar. Desta vez, com um milímetro a mais de experiência, tentei fazer uso de algumas técnicas específicas de pintura, como o washing e o shading, como já me foi sugerido nos comentários de outro artigo. No entanto, o que ficou foi apenas a boa intenção, já que não atingi nenhum resultado que prestasse! 

Também devo mencionar que utilizei dois tipos diferentes de verniz acrílico: o verniz da Gato Preto e o da Acrilex. Ambos são excelentes para uso em miniaturas ao final da pintura, já que ajudam a protegê-las e evitar que a tinta “descasque”, o que é quase inevitável com o uso em partidas de RPG. Entretanto, o verniz da Gato Preto possui um acabamento brilhoso, que pode servir mais adequadamente em miniaturas de cavaleiros, paladinos e outros personagens que vestem armaduras. Achei mais interessante o verniz fosco da Acrilex, por conservar um aspecto mais natural à pintura.

Caso estejam aventurando-se na arte da pintura de miniaturas, recomendo calma e cuidado na aplicação dos vernizes: além de esperar a tinta secar bem antes de envernizar, é preciso ter atenção ao apoio utilizado para firmar a miniatura. Como a tinta receberá uma camada de verniz, a tinta pode ficar frágil, tornando-se uma película emborrachada que é capaz de se destacar da miniatura no caso de, por exemplo, a ponta da unha esbarre sobre a superfície antes que a secagem do verniz se complete. Só faço tal observação porque o fato já aconteceu comigo, quando segurava uma miniatura pelas pernas e, sem querer, deixei a unha de meu polegar “raspar” o material, descascando um pedaço da tinta. 

Neste caso, é possível consertar o dano, repintando a parte revelada e aplicando-lhe verniz novamente.

Enfim,  é isso. Mais miniaturas mal-pintadas, só no próximo artigo. Até lá, vejam vocês mesmos o efeito de cada pintura e de seus respectivos vernizes:

Sobre Rodrigo Bazílio

Apenas um professor de Língua Portuguesa e Literatura do Ensino Médio, com o hábito quase vicioso de aliviar o estresse com jogos eletrônicos, música, leitura, RPGs e com a arte de pintar miniaturas. Ver todos os artigos de Rodrigo Bazílio

12 respostas para “Pintando miniaturas II

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